PEC 300 só vai ser aprovada se houver mobilização
Muitos tem me perguntado via redes sociais, mensagens no site e principalmente e-mail sobre como anda a PEC 300 e porque o nosso site não tem falado mais a respeito. Algumas mensagens até raivosas dirigida a mim, como se eu fosse responsável pelo esquecimento da matéria.
Para responder o questionamento de milhares de colegas precisamos fazer um retrospecto da luta em prol do piso salarial nacional, sonho de toda a categoria, que está sendo enterrado pelo governo Lula/Dilma.
Quem não acompanhou o processo, não tem idéia do que foi as inúmeras viagens a Brasília de centenas e centenas de policiais, bombeiros e familiares na tentativa de sensibilizar o congresso nacional da necessidade de aprovação da PEC 300. Companheiros que mal tinham dinheiro para se alimentar na capital, mas que não desistiram e toda semana estavam presentes no Congresso Nacional.
Paralelamente foi realizado em várias capitais marchas com milhares de participantes que lotaram ruas e avenidas cobrando a aprovação da proposta.
Assistimos o Governo Federal através de seu líder na época Cândido Vaccareza, desfigurar o projeto original, dividindo a matéria em destaques para votação em separado.
Cedemos em vários pontos aos apelos do Governo Federal, mas este, sem o mínimo de vergonha, não cumpriu sua palavra.
A PEC 300 foi aprovada em primeiro turno, sendo apensada PEC 446. Conforme matéria do próprio site da Câmara dos Deputados que pode ser visto aqui. E só foi aprovada após uma grande mobilização da categoria que fechou as ruas da capital.
Depois, o governo federal, com a desculpa da proximidade das eleições, procrastinou a votação da PEC em segundo turno, prometendo votar após as eleições. Após as eleições a desculpa foi gerar impacto financeiro para o Governo Dilma que entraria em Janeiro.
Marco Maia - Sem vergonha e sem palavra
O Sem vergonha do deputado Marco Maia, usou a PEC 300 como meta em sua eleição da mesa diretora da Câmara, assim como o cara de pau do Vaccarezza usou a PEC 300 em sua campanha eleitoral dizendo ser o autor da redação possível para aprovação, inclusive gravando um vídeo, que após as eleições foi tirado do ar.
Dilma também tirou uma casquinha da PEC 300 ao incluir em seu plano de governo a aprovação de um piso salarial nacional para os policiais e bombeiros. Mas após assumir o governo em janeiro de 2011, Dilma veio com a história de crise econômica e da necessidade de contigenciamento de cerca de 50 bilhões de reais.
Dessa forma, a PEC 300 foi engavetada pelo Governo Dilma com a conivência do presidente da Câmara Marco Maio.
A não eleição dos nossos deputados federais Capitão Assumção (ES), Major Fábio (PB) e Paes de Lira (SP) também tiveram grande peso no congelamento da PEC no Congresso. Esses foram as grandes vozes que ecoavam naquela casa de leis sempre falando da necessidade de aprovação da PEC 300 e que foram grandes articuladores nesse processo.
Cap. Assumção - Voz da PEC 300.
Apesar de 65 mil votos não foi eleito.
Categoria saiu perdendo.
Alerta
Não podemos a qualquer pretexto ficar sem representação política. É urgente a necessidade de formamos lideranças internas na PM e no BM. Ocupar todos os cargos, vereador, deputado estadual, deputado federal. Somente com representação política teremos êxito em nossa lutas.
Dois anos após a aprovação da PEC 300 em primeiro turno, só existe uma possibilidade dela seguir adiante: A mobilização de policiais e bombeiros de todo o Brasil. Não tem outro modo.
Ou mobilizamos, fechamos Brasília e exigimos a aprovação da PEC 300 urgente ou vai continuar do mesmo jeito, o jeito que o governo sempre quis e que conseguiu, diante da inércia da nossa categoria desunida.
A COPA DAS CONFEDERAÇÕES é um excelente cenário para que mostremos ao governo a nossa força. VAMOS PROTESTAR! Mas chega de balançar bandeirinha, VAMOS FECHAR RUAS E AVENIDAS!
Não deixe esse sonho morrer:
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