Cão farejador da PMRJ é jurado de morte
Um cão farejador da Polícia Militar virou inimigo número um de traficantes, como mostrou o Jornal Nacional. O jeito brincalhão e até desajeitado conquista qualquer um logo de cara. Mas Boss, o nome do animal, tem faro para o crime.
O labrador já levou policiais aos esconderijos mais difíceis de drogas e armas dentro de favelas. O cão farejador esteve na ocupação do Complexo do Alemão, da Rocinha e, mais recentemente, de Manguinhos. Numa única vez ajudou a encontrar 400 kg de maconha dentro de uma parede. O trabalho despertou a ira dos inimigos. Numa das últimas operações, os policiais ouviram traficantes no rádio fazendo ameaças a Boss. Ele agora é um cão jurado de morte.
"Os traficantes diziam que era pra atirar no marronzinho. Eles queriam matar mesmo", afirmou o major Vítor Vale, subcomandante do Batalhão de Ações com Cães.
Só este ano, o batalhão apreendeu quase 2 toneladas de drogas, o dobro do ano passado.
A ameaça dos criminosos não assusta. Nos 55 anos da unidade, nenhum cão ficou sequer ferido.
“Essa ameaça é pra unidade e, com certeza, a gente está preparado para ir contra ela. Então eles que se cuidem”, afirmou o comandante do Batalhão de Ações com Cães, tenente-coronel Marcelo Nogueira.
Pelos bons serviços prestados nos últimos cinco anos, Boss ganhou o direito a uma companheira. Ele e Bombom ainda precisam se conhecer melhor. Mas os policiais apostam: em breve, os traficantes terão muitos outros motivos para se preocupar.
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