Um fato desagradável marcou o primeiro dia do Carnaval de Caicó. Como não conseguiu em tempo hábil uma guia de liberação da Cosern, a orquestra de Frevo do Bloco Ala Ursa do Magão não conseguiu circular em cima do carro de som, puxando o tradicional bloco Camburão da Alegria, formado por setores da segurança.
O alerta já vinha sendo dado pelo comando do Corpo de Bombeiros, que diante da irregularidade não teve outra alternativa a não ser interditar o carro de som. A atitude dos Bombeiros gerou insatisfação de um dos diretores do bloco, o capelão da PM, Capitão Alexandre Lopes.
O oficial que também é padre da Diocese de Caicó, descontrolado discutiu com os comandantes do Corpo de Bombeiros, Capitão Marcos Miranda e Tenente Alcione Araújo na presença de centenas de foliões. Capitão Miranda garantiu em entrevista à Rádio Caicó ter sido agredido, tanto moralmente com palavras de baixo calão como fisicamente, por ter sido atingido por latas de cervejas jogadas pelo padre-policial. Miranda chegou a dar voz de prisão ao Capelão, que só não chegou a ser levado para a delegacia porque foi tirado do local por outros oficiais, dentre eles o Major Silvano que atua em Mossoró.
Neste momento (19h30) o Capitão Miranda está na delegacia de polícia prestando um Boletim de Ocorrência contra padre-capitão Alexandre Lopes.
Contra o religioso também pesa acusações de ter incitado centenas de foliões presentes no local, que levados pelo calor do tumulto protestaram contra a atitude dos bombeiros, que deixaram o local debaixo de uma intensa vaia.
“Nós cumprimos apenas o nosso papel. Desde a semana passada que estamos alertando os responsáveis para requerer toda a documentação necessária. Se não fizeram a culpa não é nossa. Estamos aqui para garantir a segurança do folião. Se houvesse qualquer incidente os primeiros cobrados seriam os bombeiros. Apenas me envergonho e lamento tudo que aconteceu aqui”, disse o Capitão Miranda certamente também se referindo as agressões sofridas pelo Capitão Lopes.
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