A 3ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Militar passa por problemas administrativos, após alguns policiais militares lotados lá terem acusado o capitão Gondim de chamá-los de ladrões, cheiradores de pó, arrombadores de caixas eletrônicos e integrantes de grupos de extermínio. As ofensas teriam sido feitas durante a formatura realizada no dia 1º de Fevereiro, no entanto, o comandante da unidade nega.
Segundo nota enviada ao Portal BO por um grupo de policiais que pediram para não serem identificados, tendo em vista que tem represália, o capitão Gondim, “na presença de dezenas de subordinados, fez inúmeras afirmações caluniosas e injuriosas, além de irresponsáveis que deixaram todos revoltados. Ele afirmou estar em uma companhia problemática, cheia de ladrões, cheiradores de pó, arrombadores de caixas eletrônicos e integrantes de grupos de extermínio”.
Em contato com a reportagem, o capitão Gondim negou que tenha ofendido seus subordinados, porém, disse acreditar que entre 5% e 10% dos policiais daquela unidade estejam envolvidos com algum crime. “Eu já havia comandado a 3ª Companhia por sete anos, anteriormente, e todos que trabalham comigo sabem que nunca fui de agredir ninguém. O que eu disse aos policiais foi que não iria permitir nenhum tipo de transgressão ou policiais envolvidos com crimes”, comentou.
O Portal BO também conversou com o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar, o soldado Roberto Campos. Ele informou que recebeu um comunicado oficial sobre as possíveis ofensas. “Nós já nos colocamos a disposição dos PMs e vamos acolher os policiais que se sentiram ofendidos, caso eles tenham interesse em entrar com alguma representação judicial”, disse.
Na nota feita pelos policiais que se dizem agredidos verbalmente, eles contestaram a acusação do capitão pedindo que ele apresente provas. “Fica ainda uma indagação: se ele sabe da existência de tantos arrombadores de caixas eletrônicos e de grupos de extermínio dentro da Policia Militar, especialmente dentro da terceira Companhia, por que então não cumpre seu dever funcional e prende esses criminosos ou leva ao conhecimento das autoridades competentes?”
Veja nota na íntegra:
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