Preocupados, delegados de polícia civil de várias partes do Estado estiveram ontem reunidos em uma assembleia para reivindicar mais infraestrutura, condições de trabalho e convocação de pessoal para dar conta da demanda crescente pela investigação de crimes. Atualmente, o Rio Grande do Norte tem um déficit de 187 delegados, tendo em vista que o quadro atual é composto por 163, mas existem 350 vagas aguardando preenchimento. A reunião com os delegados aconteceu na sede da entidade de classe da categoria, a Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol). A presidente da associação, Ana Cláudia Saraiva, revelou que a falta de investimentos e a não-convocação de novos agentes de polícia se tornaram um problema insustentável.
“Simplesmente não nomeiam os concursados de modo que preencham todas as vagas. O edital é de 2008, o curso de formação acabou em 2010 e não houve nomeação imediata. Eram 68 vagas e só foram nomeados 31 delegados”, disse.
Apesar dessa nomeação, a Adepol questiona o fato de que não houve preenchimento de novos postos, e sim a reposição das vagas deixadas por delegados que morreram ou se aposentaram. “O concurso foi feito para que fizéssemos a interiorização da Polícia Civil. E mesmo onde foram designados delegados, a estrutura disponibilizada muitas vezes é mínima. Temos um projeto de implantar a Polícia Judiciária pelo menos nas 65 comarcas, e isso só será possível com a nomeação de, pelo menos, um delegado por comarca”.
Diante do impasse, o secretário estadual de Segurança, Aldair da Rocha, garantiu que vai convocar 28 agentes de Polícia Civil para minimizar o déficit até a próxima semana. E a médio prazo, em seis meses, está prevista a criação da Divisão de Homicídios. “A Divisão prevê a convocação de 60 a 70 policiais civis, entre agentes, delegados e escrivães”, garantiu o secretário.
Fonte:Tribuna do Norte
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